Pesquisadores da Universidade de Delft, na Holanda, desenvolveram um concreto capaz de fechar as rachaduras que aparecem em paredes. O material, chamado bioconcreto, é vivo, já que tem em sua composição bactérias muito resistentes aos ambientes inóspitos e agressivos. A bactéria Bacillus pseudofirmus, que pode até habitar crateras de vulcões ativos, é misturado ao concreto tradicional e lactato de cálcio, que serve como alimento das bactérias. As bactérias se adaptam ao concreto e, quando há alguma fissura, elas entram em contato com umidade, o que as “ativa”. A partir disso, iniciam a ingestão do lactato e excrementam calcário, que faz a ligação entre as extremidades da rachadura. O material já foi um sucesso nos testes. Alguns canais de irrigação do Equador, um país bastante suscetível a terremotos, foram construídos com o bioconcreto de forma eficaz. A fissura, porém, não pode ser mais larga que oito milímetros para que as bacterias consigam consertá-la. Ainda assim, o produto promete uma eficiência que garantiria economia aos prédios a longo prazo. O grande problema do bioconcreto, agora, é torná-lo mercadologicamente acessível. O preço dele chega a ser estimado em até 40% mais caro do que o do concreto tradicional, o que inviabilizaria a venda. Fonte: Yahoo.com.br |
|